O primeiro dia de ESCOLA!



O primeiro dia de ESCOLA!
Yehhhh...
Não!

Ando com o coração apertado, desde o dia em que me disseram que o Mateus e a Flor poderiam entrar na escola! Confesso, que passei alguns meses a desejar que este dia chegasse. Eles precisavam. Eu precisava.  Todos nós precisamos do nosso espaço, e eles  crianças precisam de se relacionar com outras crianças, ter outras regras que não as minhas, saberem até onde podem  e conseguem  ir!

Mas, quando esse dia chegou, temi. Era uma escola nova,  pessoas novas (que nunca viram na vida, não faz parte do agrupamento de escolas do Santiago), um espaço novo,  e muitos meninos.
O dia anterior repeti muitas, talvez umas 27373829 mil, vezes que iam para a escola. Que iam ter uma professora, tal como o irmão, que iam aprender (o Mateus perguntou logo se ia ter “tabalhos de casa") as cores, os dias da semana, a contar histórias, a cantar a canção dos bons dias… Enfim. Muitas coisas me passaram pela cabeça,  e muitas outras inventei! Era tudo surpresa. O aniversário foi no domingo e eu na segunda-feira tratei de tudo para dar seguimento à nova caminhada! No dia seguinte passamos pela escola apenas na hora do recreio, os miúdos brincavam na rua, gritavam, pulavam.. E eu só pensava “estes não vão querer ficar aqui, nem que eu faça o pino". O Mateus sempre agarrado as minhas pernas, como de costume, a Flor vendida como é, e sem sequer saber o nome das professoras pulou (literalmente) para o colo de uma! Ali, naquele momento, caiu a ficha! Ela vai com todos, e verdade, mas no contexto que era, o normal ou não, seria ela não ligar patavina a ninguém e querer só a MÃE. Mas não! Enquanto falei com a educadora eles fizeram daquele espaço o espaço deles. Não estivemos lá nem uma hora,  e no momento do adeus, eles choraram,  gritaram, só se ouvir “eu quero escola".
Raios, está uma mãe este tempo todo com eles e depois é isto? Amanhã, é um novo dia e eles não vão querer ficar. Amanhã quando virar costas eles choram. Foi só hoje, e porque estavam todos na rua..  pensava aqui a pessoa, em sofrimento porque queria e porque queira que os filhos entrassem na escola, e agora que eles ficam não os quer deixar! Mais ou menos isso!

Ouvia-se pela aldeia, no caminho até casa, berros, gritos de desespero, sofrimento porque eles querem escola. Atenção- os meus filhos querem escola! Eheh. No dia seguinte, foi igual. Entramos, a Flor corre para os braços da “xana" como se tivesse passado os últimos três anos em casa dela, dá-me um beijinho e - até logo mãe! O Mateus, descobriu uma mesa de legos, e de outra forma, mas calma e menos excêntrica, disse me que queria brincar, que eu podia ir para casa!
Conclusão, eles adoram as escola, c-h-o-r-a-m todos os dias para vir para casa. E pronto, e isto, que tenho para vos contar. Estou super contente que eles estejam na escola, integrados, super felizes. Tenho a certeza de que são bem tratados, porque esse sentimento passa para mim. E se não fossem, não queriam ficar e não me diziam a MIM, “eu quero a Xana, eu quero a Caudina". Uma mãe tem que ouvir isto? Mas, não esperava tanto desapego. Esperava choros, todos os dias quando entrassem no portão, do género “eu quero ir para casa". O Mateus diz muitas vezes “eu quero o meu pai” mas ir para casa, não! Eheh. Já nem entro em pormenores do mais além, porque todas as manhãs eles reclamam porque querem ser os primeiros a ficar na escola! E vão todos os dias com uma cara de felicidade que dói, e um sorriso enorme estampado! 😀☺

E pensam vocês, está para aqui a lamentar-se porque eles ficam bem? Se eles ficassem a chorar, eu estava para aqui a lamentar me que eles ficavam todos os dias a chorar! Não estaria satisfeita, na mesma! Pronto!

Não estava preparada!
Uma mãe nunca está preparada para estas situações.







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